|!| Vi ontem uma reportagem, na RTP (passo a publicidade), sobre violência nas escolas. Desde imagens de agressões bárbaras entre colegas e a professores, passando pelo testemunho de docentes amedrontados, assim se fizeram alguns minutos de televisão pública.
Seguidamente houve um debate, ao qual não assisti, no entanto, deu para registar o seguinte:
- Alunos cada vez mais violentos, autoritários e manipuladores;
- Alunos que desrespeitam os professores, agredindo-os e, em alguns casos, assediando-os;
- Professores cada vez mais amedrontados (consequência dos pontos anteriores);
- Impotência total dos docentes e auxiliares da acção educativa (são uma minoria);
- País que negligenciam, cada vez mais, o seu principal papel: educadores;
- País que incutem responsabilidades aos docentes;
- A Escola deixou de o ser, na sua verdadeira acepção da palavra.
Recordo, particularmente, dois testemunhos: um em que a docente, após ter sido agredida violentamente, se questionava diariamente: «porquê regressar à escola?» O “amor à camisola” fala mais alto, e lá está ela de segunda a sexta-feira, no entanto o medo está instalado. Num outro caso (que me impressionou), um docente chorava copiosamente, ao relatar que após ter tentado separar uma briga entre colegas, um dos intervenientes (aluno) foi dizer ao pai que o professor lhe tinha batido. Conclusão: o pai da criança foi à escola e ameaçou, de morte, o docente!
É certo que as imagens e testemunhos apresentados não podem ser generalizados, no entanto, importa reflectir sobre a raiz do problema. Pelo que os intervenientes disseram e pelo que observo, a questão “família” é nuclear para esta problemática. Basicamente, os país descuram, e muito, a educação, no que se refere aos valores e à cidadania. Quando as coisas “correm mal”, a culpa é dos professores (ele há cada um)!
Diz o ditado que “de pequenino se torce o pepino”, pois a continuar assim, estes serão os futuros universitários (se lá chegarem), profissionais, pais e mães de família de amanhã. Para uma sociedade que se quer melhor, estamos a andar numa bela direcção…
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Há 1 hora
31.5.06
Jovem, pais não é país, e veja-se que o estado ainda quer que os profs sejam avaliados pelos pais, esses que batem nos profs dos filhos, e baseados na opiniao dos filhos que tratam os seus docentes por 'putas'. é caso para dizer, "filhos da puta sem razão e sem sentido, no meio da rua, nua crua e bruta, eu luto do outro lado da luta!". Boa posta a tua!
abraço
31.5.06
Fosse só esse o erro :)
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