Hoje o Público está de parabéns. São 19 anos de diário. Foi precisamente numa leitura pelas suas páginas, que me detive sobre dois acontecimentos que me têm provocado reflexão e que convergem para um mesmo problema: crise (aqui vamos nós outra vez).
Primeiro: “Jogadores do Estrela têm seis meses de vencimentos em atraso e acusam direcção de não cumprir as promessas que têm vindo a ser feitas.” Impressionante este grupo. Há tanto tempo sem receber e ainda cometem a proeza de chegar às meias-finais da Taça de Portugal (a disputar com o Porto)! Se fosse um ou dois meses, ainda tolerava o facto de ser uma actividade, profissional, onde se ganha muito. Não é (este) o caso.
“Os jogadores questionam ainda por onde anda o dinheiro referente à passagem às meias-finais da Taça de Portugal e que o próprio presidente designou por Euromilhões. Pelo meio, acusam ainda os responsáveis do clube da Amadora de procurarem desresponsabilizar-se, atribuindo sistematicamente a terceiros a culpa pela situação actual.” Apesar do sucedido, os profissionais continuam a ser isso mesmo. Se são produtivos e cumprem com a sua função, não caberá a outros a responsabilidade do actual estado do clube? Terão que continuar a ser eles a sofrer com as consequências de alegada má gestão?
Segundo: “Sindicato acusa a “má gestão” das empresas e promete lutar contra a criação de uma equipa única de fotógrafos para os diferentes jornais.” A crise agora é desculpa para tudo. Até para despedimentos colectivos. Estão na ordem do dia. Quem também se tem visto envolvido neste fenómeno, são os “fazedores de notícias” (no sentido de artesãos, modeladores de uma matéria-prima, que são os acontecimentos).
Mais uma vez, paga o elo mais fraco. Outro sector que não se percebe. As empresas/grupos estão em dificuldades, mas quem as provocou (ou não as soube gerir correctamente)? Os jornalistas, cujo trabalho é recolher e tratar notícias? Aqueles que vivem em situações precárias? Que perderam alguns apoios sociais e que por vezes até são agredidos no desempenho da sua profissão? Ou não deverão ser (mais uma vez) os gestores e/ou administradores a responder em primeiro lugar?
“Reformado do JN há oito anos, César Príncipe [jornalista] acusou a Controlinveste de estar a atirar para os ombros dos trabalhadores os custos da má gestão. “O JN foi desde a década de sessenta um projecto vencedor. Se agora se tornou no segundo [o Correio da Manhã lidera] a culpa não é dos trabalhadores, mas dos responsáveis destes grupos de circunstância que assumiram as rédeas do poder e descaracterizaram o jornal””.
E já agora: os gestores e/ou administradores ganham substancialmente mais do que um comum colaborador, certo? Se calhar porque têm mais responsabilidade, certo?
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Há 1 hora
30.3.09
Crise? qual crise? onde está a crise? os administrados, perdão: os administradores nunca ganharão tão bem. Por vezes, largas centenas de milhares de euros anuais de empresas que depois dizem estar a ficar insolventes????
Zé da Burra o Alentejano
30.3.09
Peredão: ganharam!
Zé da Burra
30.3.09
Peredão? Não, Perdão!
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