vitamina K
Prescrita para todos os sexos e idades, pode tomar-se a qualquer hora do dia.
Não lhe são conhecidos efeitos secundários.

.uma questão de incentivos.

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|| Isto é que é entrar no novo ano com o “pé direito”! Assim de repente não vejo grandes diferenças em relação há um atrás. Começamos da mesma forma: aumentos… e mais aumentos! Combustíveis, electricidade, pão…

No (extenso) rol de “incentivos” com que o Governo decidiu presentear os portugueses, há um perante o qual me detenho, por ser suspeito no assunto: fim do porte pago. O mesmo é dizer, “cara imprensa escrita, acabou-se o apoio à expedição das V/ publicações” (ou seja, passam a pagar a totalidade aos CTT).

Ok, no combate ao défice há que fazer sacrifícios. Se formos por ai, até entendo, agora a estupidez (porque não tem outro nome), vem na contradição que o Estado comete. Assim, entrou em vigor, segundo anunciado, no passado dia 1, a nova legislação a que o senhor primeiro-ministro e os seus colegas da assembleia da república intitulam de “incentivo à leitura”:
O porte pago tem sido, desde sempre, entendido como um incentivo à leitura, visando permitir aos leitores um acesso menos oneroso à imprensa, tal como acontece, aliás, com certos regimes fiscais específicos para produtos culturais.
(…)
O porte pago continua a constituir um importante instrumento de favorecimento do acesso à leitura, numa óptica de progressiva responsabilização solidária entre o Estado e os leitores, através de um regime gradual de partilha dos custos do envio postal, o qual se consolidará em 2007, no termo de um período transitório de redução da comparticipação estatal. (Decreto-Lei n.º 6/2005)
Isto remete a um pequeno exercício matemático:
Estimular o povo português à leitura = Obrigar as publicações a suportarem a totalidade das expedições (a titulo de exemplo a comparticipação para o estrangeiro passou de 95% para 0%) = Aumento de despesas = Actualização de custos (ou seja, aumento de assinaturas).

Isto tendo em conta que há publicações que se mantém, porque já há muitos títulos (sobretudo os regionais) que estão a fechar as portas. O mesmo é dizer: desemprego para umas boas centenas de cidadãos…

Resumindo e concluindo: o Governo corta nas despesas do porte pago, mas obriga, por um lado, algumas empresas a fecharem, com consequentes despedimentos, por outro, os cidadãos a “pagar a factura”. Basicamente o incentivo é: “se querem ler, paguem do V/ bolso”.

É caso para dizer: “Obrigadinho senhor Sócrates pelo incentivozinho! Um bom ano para si também.”
3 (im)Pacientes:

Meu caro, é o país (ou governo) que temos...
É a vidinha...
***


Anónimo

A vida é mesmo feita de injustiças e, neste caso, de uma completa falta de bom-senso.

Ainda assim, na minha opinião penso que a mais que provável subida das assinaturas, no caso dos assinantes emigrantes, não terá grande impacto porque estes vão continuar a querer saber o que se passa no seu país...

Mas é óbvia a minha preocupação com o caminho que o jornalismo está a levar...

Cumprimentos Pedro e continuação de bom projecto!


Anónimo

Belissima posta Pedro...

Não estando muito por dentro do assunto e atendendo apenas aos factos que apresentaste, devo confessar a minha não admiração pelo ocorrido!

Em Portugal tudo é possivel...as pessoas tem que entender de uma vez por todas que ainda estamos muito atrasados...a Europa é uma autoestrada na qual nós circulamos pela direita, ou seja, estamos a ser constantemente ultrapassados!

Cumprimentos e continuação de um excelente trabalho.


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