31.5.06
|!| Vi ontem uma reportagem, na RTP (passo a publicidade), sobre violência nas escolas. Desde imagens de agressões bárbaras entre colegas e a professores, passando pelo testemunho de docentes amedrontados, assim se fizeram alguns minutos de televisão pública.
Seguidamente houve um debate, ao qual não assisti, no entanto, deu para registar o seguinte:
- Alunos cada vez mais violentos, autoritários e manipuladores;
- Alunos que desrespeitam os professores, agredindo-os e, em alguns casos, assediando-os;
- Professores cada vez mais amedrontados (consequência dos pontos anteriores);
- Impotência total dos docentes e auxiliares da acção educativa (são uma minoria);
- País que negligenciam, cada vez mais, o seu principal papel: educadores;
- País que incutem responsabilidades aos docentes;
- A Escola deixou de o ser, na sua verdadeira acepção da palavra.
Recordo, particularmente, dois testemunhos: um em que a docente, após ter sido agredida violentamente, se questionava diariamente: «porquê regressar à escola?» O “amor à camisola” fala mais alto, e lá está ela de segunda a sexta-feira, no entanto o medo está instalado. Num outro caso (que me impressionou), um docente chorava copiosamente, ao relatar que após ter tentado separar uma briga entre colegas, um dos intervenientes (aluno) foi dizer ao pai que o professor lhe tinha batido. Conclusão: o pai da criança foi à escola e ameaçou, de morte, o docente!
É certo que as imagens e testemunhos apresentados não podem ser generalizados, no entanto, importa reflectir sobre a raiz do problema. Pelo que os intervenientes disseram e pelo que observo, a questão “família” é nuclear para esta problemática. Basicamente, os país descuram, e muito, a educação, no que se refere aos valores e à cidadania. Quando as coisas “correm mal”, a culpa é dos professores (ele há cada um)!
Diz o ditado que “de pequenino se torce o pepino”, pois a continuar assim, estes serão os futuros universitários (se lá chegarem), profissionais, pais e mães de família de amanhã. Para uma sociedade que se quer melhor, estamos a andar numa bela direcção…
Read On
25.5.06
|EURO 2006| Finalmente pude acompanhar um jogo dos Sub-21 portugueses. No entanto, foi mau de mais para ser verdade. Carregar, carregar, carregar… e perder. A selecção da Sérvia e Montenegro mais parecia a Grécia no EURO 2004: defendeu (muito) bem e foi letal na hora “H”.
Moral da história: continuamos a fazer contas. Quanto às 1/2 finais, são agora uma miragem. Para “chegar ao oásis”, é preciso que a França vença o nosso adversário de hoje (o que não deve ser complicado, tendo em conta o potencial dos gauleses) e os “tugas” espetem três secos na armada germânica. Haja fé…
PS: Como ilustração, serve a imagem do primeiro jogo (ver em baixo).
Read On
23.5.06
|.| Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos, o actual Ministro da Educação, Cristovam Buarque, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros).
Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Esta foi a resposta de Cristovam Buarque:
«De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre A Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro...
O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser Internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as Reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro.
Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa!»
Read On
15.5.06
|º| A algumas horas do anúncio oficial dos 23 representantes lusos no Alemanha 2006, surge mais um “caso”, tendo Scolari como interveniente. Há 4 anos, o Brasil inteiro reclamava pela ausência do baixinho Romário da lista do, então, seleccionador brasileiro. Curiosamente os canarinhos foram campeões do Mundo…
Estamos em 2006 e, depois de tanto se falar de Vítor Baia, é agora a vez de Quaresma! É certo que foi o melhor português da Liga 2005/06, mas será que isso só por si lhe dá o direito de estar nos 23?! Se calhar até pode dar, mas vejamos as opções: Figo, Ronaldo, Simão e… Boa Morte.
Sim, porque apesar de estar lá longe, o capitão do Fulham só joga numa das melhores ligas do planeta, a Premier League. Com um percurso sempre em crescendo nos últimos anos, é um dos atletas de referência daquele campeonato, com golos decisivos ao serviço da sua equipa, e sério candidato ao salto no final desta época. Daí se perceba, e com toda a legitimidade, a indignação do esquerdino:
«Substituto de Ricardo Quaresma? Mas então quem é que fez a qualificação para o Mundial? É bom que fique claro, porque Luís Boa Morte é que fez o apuramento para o Mundial. Não me faz diferença que falem muito de Quaresma e que falem pouco de Boa Morte, o que não gosto é que façam comparações e que digam que sou substituto de “A”, “B”, ou “C”. Quando vou à selecção é porque trabalho para receber a confiança do mister».
Por ser o único extremo-esquerdo de raiz na previsível lista de Scolari, mas acima de tudo pelo seu percurso, subscrevo, como treinador de bancada, inteiramente a sua chamada.
Read On
3.5.06
|€| A Anacom, regulador do sector das telecomunicações, decidiu baixar os preços de interligação em 5%. Com esta medida, a PT tem agora 10 dias para introduzir os novos preços na Proposta de Referência para Interligação para 2006.
Os novos preços de interligação decididos pelo regulador, que retroagem a 1 de Janeiro deste ano, ficam abaixo dos propostos pela PTC, já que no entender da Anacom os valores avançados pela incumbente não eram compatíveis com o princípio de orientação para os custos.
Tarifários também são revistos
Além da descida dos preços dos serviços de terminação e de originação de chamadas, o tarifário definido pelo regulador caracteriza-se ainda por uma redução na ordem dos quatro cêntimos de euro no valor da activação da chamada para cada nível de interligação (passando para 0,57 cêntimos de euro para a interligação a nível local, 0,66 cêntimos para a interligação em trânsito simples, e para 0,76 cêntimos de euro para a interligação em trânsito duplo) aplicáveis aos serviços de terminação e originação de chamada.
Os preços máximos do serviço de facturação, cobrança e risco de não cobrança são agora fixados em 3,080 cêntimos de euro por chamada, para os serviços de chamadas com custos partilhados, em que o custo a suportar pelo chamador é inferior ou igual a Local PT; e em 3,44 cêntimos de euro, por chamada, para os restantes serviços especiais não gratuitos prestados pelos operadores, nomeadamente serviços de apoio a cliente, serviços informativos, serviços de acesso universal e serviços de chamadas com custos partilhados em que o custo para o utilizador é superior ao de uma chamada local efectuada no âmbito do serviço universal.
O preço máximo de activação da pré-selecção baixa de 5,6 euros para 5,1 euros, e o preço máximo de portação por número individual desce de 15 euros para 13,6 euros.
A facturação será efectuada ao segundo a partir do primeiro segundo e o horário normal será aplicável entre as 9h e as 19h, e o horário económico nos restantes períodos.
Consumidores ganham com aumento da concorrência
Com a descida de preços de interligação agora decidida mantém-se a tendência decrescente verificada desde 2001. De facto desde 2001, os preços de interligação têm vindo sempre a reduzir-se, e registam já uma redução acumulada da ordem dos 42%.
Esta descida de preços permite melhorar as condições concorrenciais no sector, com transferência de benefícios para os consumidores, já que possibilita o aparecimento de ofertas ao consumidor final mais favoráveis, refere o comunicado da Anacom. (Fonte: Agencia Financeira)
Read On