vitamina K
Prescrita para todos os sexos e idades, pode tomar-se a qualquer hora do dia.
Não lhe são conhecidos efeitos secundários.

MoTW#3

9.6.09
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MoTW#2

2.6.09
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Mais por ali do que por aqui

20.4.09
Ao 455º post, anunciou a recente mudança para http://www.jornalices.com/, numa fusão do actual espaço com um outro com o mesmo nome (jornalices). Nem sempre estarei por lá (às vezes por aqui). Logo se vê. Falamos depois...
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Ser(-se) avesso à mudança

26.3.09
É lugar comum dizer que os “portugueses são avessos a mudanças.” Eu, português me confesso. Ontem, tive a oportunidade de assistir à sessão “Comunicação em Tempo de Crise”, inserida na unidade curricular de Seminário, dos cursos de Marketing e Gestão de Empresas (ESTG-IPLeiria), e cujo orador foi João Duarte (youngnetwork). Foi uma hora e picos muito interessante, sobretudo quando o tema é delicado e os interlocutores, a começar pelo orador, são optimistas. Muito poderia dizer, mas registei a frase:

«É mais fácil comunicar em tempo de crise. Há menos ruído porque há mais pessoas/empresas a meterem a cabeça na areia.»

Ou ainda:

«Quando todos forem ambiciosos, tenha medo. Quando todos tiverem medo, seja ambicioso.»

Tudo para dizer que há momentos na vida em que é preciso um misto de prudência e audácia. Ou citando o evangelista Mateus (10, 16): “sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.”

Neste contexto, alguém – que não eu – considerou que há percursos de vida que merecem ser partilhados. Talvez pense(m) que são úteis para a sociedade.

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Informação é…

25.3.09
Fantástico o vídeo que segue, visto, pela primeira vez, há umas semanas atrás. Hoje, voltei a olhar para ele. Como ouvi recentemente um jornalista dizer, “o importante é tentar ser melhor hoje, do que era à uma semana.” Uma “regra” – dizia – que se aplica em tudo na vida, mas em particular ao jornalismo.

Ensinamentos que importam (re)ouvir, para (re)aprender.

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DN(A) pouco compatível

19.3.09
[+]

«O DN "ocupa hoje na Internet um lugar que não é compatível com o prestígio do jornal", explicou João Marcelino, acrescentando que o objectivo é "chegar ao topo" da lista de sites de notícias mais vistos.»

A curiosidade era grande e, ao que consta, também a ambição. Porém, sobre o remodelado website do diário da Controlinveste, parece-me que saem goradas as expectativas. Esperar tanto tempo para fazer “mais do mesmo” – The New York Times, The Washington Post, El País, Marca (desportivo) – não augura fidelidade por parte dos cibernautas. Para além de uma front page com excesso de informação, temos um scroll demasiado prolongado (e fico-me por aqui).

Como já pude túitar “mais do que falar bem ou mal, interessar-lhes-á que se fale. As visitas iniciais estarão garantidas. Já "fregueses" assíduos, duvido.”

Num período em que são rápidas as mutações na Internet, o novo formato do diário on-line acaba por ser tudo menos novo.
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“J” do futuro

18.3.09
Jornais e jornalistas. Os novos desafios são um tema ao qual tenho estado particularmente atento, sobretudo porque foi o que escolhi para uma tese a desenvolver no final do percurso académico. Curiosamente, muito se tem escrito sobre isso, tanto na blogosfera como na twittosfera. Na maioria, autores preocupados, mas com algum ponta de pessimismo (ou realismo?).

Acabo de ler um diferente, precisamente em sentido inverso.

«(…) acredito nos jornais e no futuro, embora os jornais tenham de oferecer excelência em tudo: impressão e grafismo, mas sobretudo nas histórias escritas e fotografadas por profissionais de excepção. Os leitores vão ao encontro de nomes, de referências, de quem possa atestar por si a qualidade impressa. O jornalismo aos jornalistas.» CARVALHO, Luiz. “Os jornaleiros arautos da desgraça” in Instante Fatal.
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Jornalismo: Novos Desafios

7.3.09
Os processos de recolha, redacção, edição e publicação da informação, sofreram várias transformações ao longo dos anos. Começou por não ser regulado, contou ainda com a censura e actualmente também o jornalismo sofre as consequências da crise económica. Os despedimentos colectivos, por um lado, e a evolução das ferramentas comunicativas, como a Internet, por outro, levam a que actualmente, mais do que nunca, se questione: Quem?, Como?, Para quem? e Para quê? se forma.

Este primeiro parágrafo é um ponto de partida para um trabalho de investigação que estou a desenvolver, no âmbito de uma das unidades curriculares do último ano de Comunicação Social e Educação Multimédia. Por conseguinte, todos os contributos são bem-vindos, sejam de jornalistas, de docentes ou de estudantes (pedro.jeronimo[at]iol.pt).
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Gestão de crise

5.3.09
Hoje o Público está de parabéns. São 19 anos de diário. Foi precisamente numa leitura pelas suas páginas, que me detive sobre dois acontecimentos que me têm provocado reflexão e que convergem para um mesmo problema: crise (aqui vamos nós outra vez).

Primeiro: “Jogadores do Estrela têm seis meses de vencimentos em atraso e acusam direcção de não cumprir as promessas que têm vindo a ser feitas.” Impressionante este grupo. Há tanto tempo sem receber e ainda cometem a proeza de chegar às meias-finais da Taça de Portugal (a disputar com o Porto)! Se fosse um ou dois meses, ainda tolerava o facto de ser uma actividade, profissional, onde se ganha muito. Não é (este) o caso.

“Os jogadores questionam ainda por onde anda o dinheiro referente à passagem às meias-finais da Taça de Portugal e que o próprio presidente designou por Euromilhões. Pelo meio, acusam ainda os responsáveis do clube da Amadora de procurarem desresponsabilizar-se, atribuindo sistematicamente a terceiros a culpa pela situação actual.” Apesar do sucedido, os profissionais continuam a ser isso mesmo. Se são produtivos e cumprem com a sua função, não caberá a outros a responsabilidade do actual estado do clube? Terão que continuar a ser eles a sofrer com as consequências de alegada má gestão?

Segundo: “Sindicato acusa a “má gestão” das empresas e promete lutar contra a criação de uma equipa única de fotógrafos para os diferentes jornais.” A crise agora é desculpa para tudo. Até para despedimentos colectivos. Estão na ordem do dia. Quem também se tem visto envolvido neste fenómeno, são os “fazedores de notícias” (no sentido de artesãos, modeladores de uma matéria-prima, que são os acontecimentos).

Mais uma vez, paga o elo mais fraco. Outro sector que não se percebe. As empresas/grupos estão em dificuldades, mas quem as provocou (ou não as soube gerir correctamente)? Os jornalistas, cujo trabalho é recolher e tratar notícias? Aqueles que vivem em situações precárias? Que perderam alguns apoios sociais e que por vezes até são agredidos no desempenho da sua profissão? Ou não deverão ser (mais uma vez) os gestores e/ou administradores a responder em primeiro lugar?

“Reformado do JN há oito anos, César Príncipe [jornalista] acusou a Controlinveste de estar a atirar para os ombros dos trabalhadores os custos da má gestão. “O JN foi desde a década de sessenta um projecto vencedor. Se agora se tornou no segundo [o Correio da Manhã lidera] a culpa não é dos trabalhadores, mas dos responsáveis destes grupos de circunstância que assumiram as rédeas do poder e descaracterizaram o jornal””.

E já agora: os gestores e/ou administradores ganham substancialmente mais do que um comum colaborador, certo? Se calhar porque têm mais responsabilidade, certo?
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José Sócrates, o Cristo da política portuguesa*

4.3.09
Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina. A intervenção do secretário-geral do PS na abertura do congresso do passado fim-de-semana, onde se auto-investiu de grande paladino da "decência na nossa vida democrática", ultrapassa todos os limites da cara de pau. A sua licenciatura manhosa, os projectos duvidosos de engenharia na Guarda, o caso Freeport, o apartamento de luxo comprado a metade do preço e o também cada vez mais estranho caso Cova da Beira não fazem necessariamente do primeiro-ministro um homem culpado aos olhos da justiça. Mas convidam a um mínimo de decoro e recato em matérias de moral.

José Sócrates, no entanto, preferiu a fuga para a frente, lançando-se numa diatribe contra directores de jornais e televisões, com o argumento de que "quem escolhe é o povo porque em democracia o povo é quem mais ordena". Detenhamo- -nos um pouco na maravilha deste raciocínio: reparem como nele os planos do exercício do poder e do escrutínio desse exercício são intencionalmente confundidos pelo primeiro-ministro, como se a eleição de um governante servisse para aferir inocências e o voto fornecesse uma inabalável imunidade contra todas as suspeitas. É a tese Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro - se o povo vota em mim, que autoridade tem a justiça e a comunicação social para andarem para aí a apontar o dedo? Sócrates escolheu bem os seus amigos.

Partindo invariavelmente da premissa de que todas as notícias negativas que são escritas sobre a sua excelentíssima pessoa não passam de uma campanha negra - feitas as contas, já vamos em cinco: licenciatura, projectos, Freeport, apartamento e Cova da Beira -, José Sócrates foi mais longe: "Não podemos consentir que a democracia se torne o terreno propício para as campanhas negras." Reparem bem: não podemos "consentir". O que pretende então ele fazer para corrigir esse terrível defeito da nossa democracia? Pôr a justiça sob a sua nobre protecção? Acomodar o procurador-geral da República nos aposentos de São Bento? Devolver Pedro Silva Pereira à redacção da TVI?

À medida que se sente mais e mais acossado, José Sócrates está a ultrapassar todos os limites. Numa coisa estamos de acordo: ele tem vergonha da democracia portuguesa por ser "terreno propício para as campanhas negras"; eu tenho vergonha da democracia portuguesa por ter à frente dos seus destinos um homem sem o menor respeito por aquilo que são os pilares essenciais de um regime democrático. Como político e como primeiro-ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez.


*João Miguel Tavares, in DN (03/03/09)
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(Foto)jornalismos do dia

2.3.09
Terminado o trabalho de investigação sobre a temática – Discurso fotojornalístico nas eleições norte-americanas: Público e Correio da Manhã –, comecei o dia com um bom trabalho:



«Parece não se distinguir do cenário de cinzas que a rodeia, esta mulher. Esta operária trabalha nesta fábrica de carvão vegetal, em Kuala Sepetang, na Malásia, a norte de Kuala Lumpur durante todo o dia. Fotografia: Zainal Abd Halim/Reuters» in Público.
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«É Preciso Saber Viver»

25.2.09
Uma (boa) dica do Show Business, para (re)começar a semana…

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Avé Mondego!

20.2.09

...os vários elementos da natureza contemplam-se: o rio que se prostra aos pés das árvores, e lhes dá de beber, enquanto estas que levantam o(a)s braço(a)s para o sol.
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O horror do vazio*

18.2.09
Depois de em Outubro ter morto o casamento gay no parlamento, José Sócrates, secretário-geral do Partido Socialista, assume-se como porta-estandarte de uma parada de costumes onde quer arregimentar todo o partido.

Almeida Santos, o presidente do PS, coloca-se ao seu lado e propõe que se discuta ao mesmo tempo a eutanásia. Duas propostas que em comum têm a ausência de vida. A união desejada por Sócrates, por muitas voltas que se lhe dê, é biologicamente estéril. A eutanásia preconizada por Almeida Santos é uma proposta de morte. No meio das ideias dos mais altos responsáveis do Partido Socialista fica o vazio absoluto, fica "a morte do sentido de tudo" dos Niilistas de Nitezsche. A discussão entre uma unidade matrimonial que não contempla a continuidade da vida e uma prática de morte, é um enunciar de vários nadas descritos entre um casamento amputado da sua consequência natural e o fim opcional da vida legalmente encomendado. Sócrates e Santos não querem discutir meios de cuidar da vida (que era o que se impunha nesta crise). Propõem a ausência de vida num lado e processos de acabar com ela noutro. Assustador, este Mundo politicamente correcto, mas vazio de existência, que o presidente e o secretário-geral do Partido Socialista querem pôr à consideração de Portugal. Um sombrio universo em que se destrói a identidade específica do único mecanismo na sociedade organizada que protege a procriação, e se institui a legalidade da destruição da vida. O resultado das duas dinâmicas, um "casamento" nunca reprodutivo e o facilitismo da morte-na-hora, é o fim absoluto que começa por negar a possibilidade de existência e acaba recusando a continuação da existência. Que soturno pesadelo este com que Almeida Santos e José Sócrates sonham onde não se nasce e se legisla para morrer. Já escrevi nesta coluna que a ampliação do casamento às uniões homossexuais é um conceito que se vai anulando à medida que se discute porque cai nas suas incongruências e paradoxos. O casamento é o mais milenar dos institutos, concebido e defendido em todas as sociedades para ter os dois géneros da espécie em presença (até Francisco Louçã na sua bucólica metáfora congressional falou do "casal" de coelhinhos como a entidade capaz de se reproduzir). E saiu-lhe isso (contrariando a retórica partidária) porque é um facto insofismável que o casamento é o mecanismo continuador das sociedades e só pode ser encarado como tal com a presença dos dois géneros da espécie. Sem isso não faz sentido. Tudo o mais pode ser devidamente contratualizado para dar todos os garantismos necessários e justos a outros tipos de uniões que não podem ser um "casamento" porque não são o "acasalamento" tão apropriadamente descrito por Louçã. E claro que há ainda o gritante oportunismo político destas opções pelo "liberalismo moral" como lhe chamou Medina Carreira no seu Dever da Verdade. São, como ele disse, a escapatória tradicional quando se constata o "fracasso político-económico" do regime. O regime que Sócrates e Almeida Santos protagonizam chegou a essa fase. Discutem a morte e a ausência da vida por serem incapazes de cuidar dos vivos.

* Mário Crespo, jornalista, in JN (16/02/09)

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Uma espécie de webTV

15.2.09
Como já aqui tinha dito, fiz uma experiência, durante os últimos dias, com o telemóvel. O resultado foi um conjunto de cinco peças, que tentaram ilustrar um pouco daquilo que foram os Ciclos de Comunicação, promovidos pelo curso de Comunicação Social e Educação Multimédia (ESECS-IPLeiria), no âmbito da unidade curricular de Seminário.

Serviu não só para adquirir alguma experiência nesta área, como também mostrar o que se pode fazer com tão pouco. Ainda ouvi alguém comentar que “olha que a escola tem câmaras!” Certo e sabido. Porém, coloca-se-me uma questão: Então se tem, porque não as rentabiliza, potenciando assim uma das áreas da Comunicação Social? A escola tem espaços, desde a sua origem, para estúdios de TV, porém, esta, nem vê-la. Tem custos? Sim, mas se não “se pode caçar com cão, caça-se com gato”. Quero dizer… aliás, já disse no início.

Tudo isto converge para uma série de outras questões: Que alunos se estão a formar? Para quê? Para quem?

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World Press Photo of the Year: 2008

13.2.09
[+info]
© Anthony Suau (AP for Time)
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Quando os “grandes” seguem os “pequenos”

12.2.09
No habitual folhear da imprensa regional, deparei-me com um pormenor pouco habitual:

U. Leiria sem derrotas em 2009
Ano novo vida nova
Foto: Cássio festeja golo
Legenda: “Cássio marcou três golos no último jogo e já é o melhor marcador da equipa”
Entrada: “Duas vitórias e um empate, em três jogos, são o saldo da U. Leiria, em Janeiro. No primeiro dia do mês seguinte, nova vitória na Liga de Honra (ver resultados). Uma boa entrada no novo ano, que poderá moralizar a equipa rumo ao objectivo que definiu no início da época: subir de divisão.” in O Mensageiro, 5 de Fevereiro, p. 15

Depois do reveillon tudo corre bem para a União de Leiria
Ano novo, vida nova
Foto: Cássio festeja golo
Legenda: “Golos de Cássio fazem acreditar na subida de divisão”
Entrada: “Cinco jogos, quatro vitória e um empate. O maior activo da SAD, Fernando, foi vendido, mas o substituto Ricardo tem estado em grande na baliza. O ponta-de-lança Cássio afinou a pontaria, marcou cinco golos e foi eleito jogador do mês da II Liga pelo Sindicato dos Jogadores. Surge, também, Mamadou Tall, jogador do Burkina Faso, que passou de não convocado a esteio defensivo.” in Jornal de Leiria, 12 de Fevereiro, p. 41

Deliciei-me, sobretudo com a leitura. Não que o primeiro título – mais antigo que o segundo, mas com uma estrutura mais reduzida – tenha detido qualquer exclusivo. Simplesmente explorou um ângulo diferente, na sequência de mais um jogo. Foi de tal forma “interessante” a abordagem, que o segundo resolveu seguir as pisadas do primeiro. Espaço a mais ou escassez de notícias?
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Está bem... façamos de conta*

11.2.09
Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.

Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.

* Mário Crespo, jornalista, in JN (09/02/09)

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Há uma primeira vez para tudo

10.2.09
Peguemos num telemóvel e juntemos-lhe alguma vontade de explorar as potencialidades audiovisuais do mesmo. Seguidamente, damos uso ao editor de vídeo incluído no sistema operativo de um qualquer computador (pc), ao qual juntamos um outro, a colher na net (licença freeware), para editarmos o som, a captar por um vulgar microfone.

Exceptuando as horas impróprias de edição e um timbre pouco adequando a esta realidade, eis o resultado da primeira experiência…

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Para quando um clássico sem casos?

10.2.09
Uma semana, dois clássicos, os mesmos protagonistas. Se há coisa que não gosto de ver em jogos entre os "grandes" do futebol português, são casos. Que tal jogos "limpos", sem expulsões e influências da equipa de arbitragem?

Primeiro, o Sporting x Porto, para a Taça da Liga, jogo em que apenas vi os lances chave. Entre eles, duas grandes penalidades que não existiram (ainda que a primeira tenha sido mais flagrante que a segunda). Acabou por ganhar (4-1) a equipa da casa, como já se esperava, atendendo às circunstâncias que envolveram o calendário de ambas as equipas, preparação física, rotinas e local do jogo.

Seguiu-se o Porto x Benfica, para a Liga, com novo protagonismo do árbitro. Sai mais uma grande penalidade. Ainda se poderia admitir um mau posicionamento do árbitro, para a decisão infeliz, no entanto, não foi o caso, já que este se encontrava a cerca de dois metros e de frente para o lance. Portanto, só ele é que viu motivos para assinalar a grande penalidade. No final, deu empate (1-1), justo, num jogo em que a equipa que estava em vantagem não merecia sair do "Dragão" com os três pontos, diga-se.

Contraditório foi o técnico azul-e-branco, ao afirmar que espera, contra o Sporting, conseguir "um resultado mais feliz do que o desta noite." Correcção, mister Jesualdo, se houve uma equipa feliz no Porto x Benfica, foi a sua. Pode agradecer ao "S. Pedro (Proença)".
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JORNALICES take dois

8.2.09
Há coisa de dois anos, lançava, na blogosfera, mais um espaço, neste caso dedicado ao mundo do jornalismo e que pretendia ser “uma “montra” para todos aqueles que um dia querem ser (ou já são) fazedores de notícias”.

Alguns interregnos depois, regressa para ser um espaço de debate, para os que quiserem abordar o assunto. Estudantes, docentes, profissionais e/ou apaixonados do jornalismo… Depois de ler alguns testemunhos e preocupações dispersos pela worl wide web, considerei que seria útil juntar, no mesmo espaço, todos os contributos, importantes, que aqui e ali vão surgindo.
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Novos media

6.2.09
…ou novas formas de comunicar, de discursar, “jornalisticamente” falando.

aqui registei um dos muitos olhares atentos às mutações que ocorrem, a cada instante, na “aldeia global”, ao nível da comunicação. A Internet é a principal ferramenta. Mas não é uma qualquer.

Luiz Carvalho fala de “uma nova tecnologia para uma nova linguagem”, ao nível da comunicação, ao relatar uma experiência vivida esta tarde. Curiosamente, acabamos por nos encontrar e falar sobre um ou outro tema relacionado com a profissão, mas sobretudo do motivo que levara a Leiria: jornalismo on-line.

Uma realidade que ultrapassa fronteiras geográficas e demográficas, graças à multimodalidade que nos leva à “emoção da notícia”.
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Nós por cá

3.2.09

Há dias, fui interpelado por uma colega de praça, que já anda nestas andanças há muito mais tempo, que exclamou: “és a única pessoa que critica os meus trabalhos!” Surpreendido, ouvi ainda: “…mas ainda bem.” A troca de impressões prolongou-se por alguns minutos, onde a auto-regulação, porque era disso que se tratava, foi abordada. Isto porque a comunicação social também tem a sua “ASAE”… ou pelo menos, assim pretende ser.

Hoje, tive acesso a duas reflexões interessantes: uma sobre a precariedade no meio e outra sobre o próprio meio, segmentada ao nível regional. Estas, fizeram-me recuar precisamente uma semana, naquele que foi um dia particularmente activo, com a apresentação do estudo sobre a radiodifusão local apresenta novos dados de análise para o sector, antecedido do arranque de um ciclo de encontros com a imprensa regional, cujos conteúdos apresentados, tive hoje acesso.

Nada de novo é o que me apraz dizer. Uma visita ao website da entidade e ter-se-ia acesso às preocupações existentes, bem como às diligências tomadas. Por outro lado, do falar ao concretizar as directivas sobre publicações de textos de resposta e de rectificação na Imprensa ou Publicidade em Publicações Periódicas, vai uma grande distância. Para tal, seria necessária a mobilização de todos: dos profissionais, que deveriam de ser os primeiros a dar conta dos incumprimentos (auto-regulação), dos leitores, telespectadores e ouvintes, que, na generalidade, pecam pela passividade (também se admite ignorância sobre determinadas matérias), e, por fim, da própria entidade, que deveria de reforçar a atenção nos órgãos sedeados nos pequenos centros. Estes, precisamente por não serem tão mediáticos como os nacionais, poderão ser os principais incumpridos (por desconhecimento da lei, o que é grave, ou má-fé, que ainda é pior). É só ler algumas deliberações referentes a títulos regionais, para se perceber as “borradas” que se vão fazendo aqui e ali, só porque se é proprietário ou director do jornal XPTO e, por isso, não há satisfações a dar a ninguém (e aos leitores, para quem se escreve e se assume um compromisso – Estatuto Editorial?).

Estava para escrever mais umas linhas, de outros fenómenos que se vão assistindo, mas fica para uma próxima oportunidade.

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Jornais, jornalistas e as novas realidades

31.1.09

Diz que se levanta às 6h00, todos os dias. Não gosta que lhe chamem desempregado, antes, freelancer empreendedor. Há quem diga que, em Portugal, é quem mais percebe de web 2.0. Tem formação em jornalismo e as mutações nos media interessam-lhe particularmente. O Lago. Clic it.

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Quantas cabalas cabem num metro quadrado?*

27.1.09
Acho notável o tempo que em Portugal se perde a discutir o timing das notícias. Esta coisa do Freeport, estão a ver?, só existe porque estamos em ano de eleições. Apareceu em 2005. Agora aparece em 2009. Estão a ver, não estão? É mais uma cabala. Uma urdidura. Uma "campanha pessoal". É isso que José Sócrates não se tem cansado de pregar, logo secundado pelo ministro Augusto Santos Silva, que após as suas últimas intervenções merece passar a ser tratado pelo cognome de Platónico Augusto, tal é a forma como dia após dia o seu pensamento se vai confundindo com o do mestre.

Pois deixem-me que vos diga: estou-me bem nas tintas para o timing das notícias. Comove-me muito pouco que estejamos em ano de eleições. O que eu quero mesmo saber é se as notícias são verdadeiras ou se são falsas. O que eu quero é saber se o primeiro-ministro deste país esteve envolvido em trafulhices imperdoáveis. O timing? Por amor de Deus. Não sei se alguém ainda deposita tanta fé na natureza humana ao ponto de esperar que todas as denúncias sejam desinteressadas, que a vingança nunca habite o coração de quem acusa, que tudo seja sempre feito em prados primaveris e que das bocas só saiam palavras com cheiro a alfazema. Gente dessa deve andar a ver os filmes errados. Há sempre interesses, há sempre golpes baixos, há sempre punhaladas nas costas. Só que, infelizmente, é assim que se costuma chegar à verdade.

José Sócrates já escapou por entre os pingos da chuva na questão da sua licenciatura, que num país com maior amor à verdade e uma comunicação social mais agressiva poder-lhe-ia muito bem ter custado o lugar. Mas a gravidade do que agora está em causa não lhe permite assobiar para o ar e limitar-se a lançar suspeições manhosas do género "isto são só calúnias e ataques pessoais". Há, de facto, explicações a dar. O caso Freeport cheira muito mal, qualquer que seja o lado por onde se pegue. E mesmo que nesta terra seja tristemente comum o afilhado acabar assessor do padrinho e o primo do presidente da câmara fornecedor da junta de freguesia, ter familiares envolvidos em negócios onde interesses económicos se misturam com favores políticos é um passo em direcção ao abismo. Ainda que o tio e o filho do tio estejam tão ausentes de pecado como a Virgem Maria, a sua simples presença neste processo levanta questões a que Sócrates tem de responder.

O eterno retorno à tese da cabala, um tique que sobretudo os socialistas têm desenvolvido até à exaustão, passou o prazo de validade. Sócrates que puxe pela sua esburacada memória e esclareça o que tem a esclarecer de uma vez. Mais teorias da conspiração é que não, por favor.

* João Miguel Tavares, jornalista (jmtavares@dn.pt), in DN (27/01/09)

[Editado às 13h18] Já agora, também vale a pena uma leitura neste (comentários incluídos).
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Ele há profissões do catano

26.1.09
A de fotojornalista é uma delas. Com o temporal que se abateu ontem no nosso país, com alerta vermelho (o máximo da Protecção Civil) para a região centro, uns ficaram no aconchego do lar, enquanto outros estiveram a fazer pela vida.

A imagem, cedida por um desses congeladores de instantes, João Matias, é do U. Leiria x Beira-Mar (2-1).


PS: A propósito: parem de bater no ceguinho. Relevante seria que o estádio estava cheio, porque dizer o contrário, é um exemplo de uma não-notícia. Ah, e a adjectivação em textos jornalísticos é, segundo me ensinaram, de evitar.
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Onde pára a investigação?

24.1.09

O projecto era (ou será que ainda é?) este (anunciado com pompa e circunstância). Alguns “baldes” mais tarde, eis que surge a “bomba”.

Ok que a crise, a recessão e a afins, podem justificar muita coisa, porém, não posso deixar de subscrever o comentário, de há dias, de um colega: “porque não investigam [jornais da praça e não só] esta desistência, da mesma forma que se empenharam na divulgação do projecto?”

Como diria a malta da 3: “vale a pensa pensar nisto!”

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New begining

24.1.09
Ano novo. Imagem renovada. Último post com título em inglês. Mais vitaminado (ou não) e em português. Falamos depois…
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.agenda-bulding to agenda-setting.

20.1.09
|!| O tema foi levantado aqui e desenvolvido aqui. Até que chegou aos media. Porém, raros foram os títulos (este e este) onde se verificou a devida referência.


Custará assim tanto identificar as fontes? Serão estas (1 e 2) “de segunda”?
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.hard-news.

15.1.09
|§| O mercado já era difícil. Hoje, mais um reflexo. Apela-se aos espíritos criativos e persistentes.


“Cerca de 7000 jornalistas em Portugal. Para quê?!”, já dizia o Show Business.
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.crises? where?!.

14.1.09

|| 52.980,74 euros! Vamos às contas: seis vezes 2903,06 euros, mais catorze vezes 2540,17 euros, dá exactamente o resultado indicado no início. Ora, este é o bolo que uma autarquia deste nosso querido Portugal irá despender, mensalmente, em remunerações dos directores de departamento (6) e chefes de divisão (14) que pretende contratar - o ordenado mínimo nacional, para 2009, foi fixado, em Diário da República, nos 450 euros.


Tacho(s) à vista (bem, pelo menos sempre são menos 20 pessoas no desemprego)?

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.resistence.

9.1.09
|!| The End. Trabalhos entregues, defesas feitas, é tempo de recuperação. Mais de 60 horas sem pregar olho é obra (“quem corre por gosto, não cansa!”). As mazelas ainda vão demorar tempo a sarar, contudo, quando se está envolvido em algo em que se acredita, a motivação é outra (é o caso).


Terminou a primeira parte da maratona. A segunda virá com o segundo semestre. Mais uma fase a percorrer por pura carolice. Por querer deixar uma marca, a de quem pretende por a render alguns talentos que recebeu, da pouca experiência que adquiriu, colocando-os ao serviço dos outros. Simplesmente porque não apetece seguir a direcção do facilitismo, sabendo que isso implicará, mais uma vez, um esforço redobrado. Vale pela paz que atinge a alma – ainda que com uma carcaça frágil – e que faz toda a diferença.


Um bom ano para todos! Are you ready? Falamos depois…


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