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Não lhe são conhecidos efeitos secundários.

.memo do (novo) presidente.

|POLITICA| Na hora de “cantar vitória”, aqui fica um (memo)rando, mais um, para o novo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

Apesar de na campanha eleitoral as promessas não terem sido muito objectivas, aqui ficam excertos do discurso de Cavaco Silva, aquando da apresentação da sua candidatura à Presidência da República, em Outubro passado.

«Estou firmemente convencido de que, se for eleito, posso contribuir para a melhoria do clima de confiança, para o reforço da credibilidade e para vencer a situação muito difícil em que o nosso País se encontra. Posso ajudar a construir um futuro melhor para os Portugueses.

É hoje generalizado o reconhecimento de que Portugal vive numa fase difícil, que se prolonga há vários anos, em particular no domínio do desenvolvimento económico e social. Nota-se nas populações um forte sentimento de descrença e de pessimismo».

«Não podemos resignar-nos a esta situação. Eu não me resigno. Temos de restabelecer a confiança, mobilizar as energias nacionais e reencontrar o caminho do desenvolvimento equitativo. Sei que isso é possível. As capacidades dos portugueses, já demonstradas noutras ocasiões, são uma garantia de que podemos vencer.»

«Penso que posso fazê-lo (ajudar o País e os portugueses), principalmente por quatro razões.

Primeiro, pelo conhecimento que tenho da realidade portuguesa e pela reflexão que, ao longo dos últimos anos, tenho vindo a fazer sobre a razão das dificuldades que atravessamos.

Segundo, pelo conhecimento que tenho do quadro internacional em que Portugal se insere e pela análise que tenho vindo a fazer das suas implicações para o nosso desenvolvimento e criação de emprego.

Terceiro, pela experiência e conhecimento da vida política nacional e internacional que acumulei durante os anos em que tive a responsabilidade pela chefia do governo. Conheço bem as dificuldades que se colocam a qualquer governo em tempos de mudança como aqueles que vivemos.

Quarto, pela vontade que me anima e pela responsabilidade que sinto de fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que as gerações mais novas, os nossos jovens, recebam, não uma pesada herança que lhes dificulte a vida, mas sim uma janela de oportunidades de progresso. O que me importa não é o passado, é o futuro, o nosso e o dos nossos filhos».

«Não me candidato contra ninguém. Candidato-me para ajudar o País a vencer as dificuldades em que está mergulhado e construir um futuro melhor. O meu compromisso é exclusivamente com Portugal, com o bem dos Portugueses, de todos os Portugueses. Sei que Portugal pode vencer».
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